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Inseminação Artificial
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Também chamada de IIU, a inseminação artificial é uma das principais técnicas de reprodução assistida

O que é inseminação artificial?

Também denominada inseminação intrauterina (IIU), a inseminação artificial é uma técnica de reprodução assistida, através da qual os espermatozóides são depositados diretamente na cavidade uterina da mulher durante seu período fértil. Assim, aumentam as chances de uma gestação ser concebida, principalmente em quadros de infertilidade.

Considerado um procedimento de baixa complexidade, a IIU traz uma taxa de sucesso por volta de 15 a 20% , a depender das variantes apresentadas pelo casal. Nesta página, abordaremos os principais aspectos da técnica. Boa leitura!

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Quando a inseminação artificial é indicada?

A inseminação artificial é um procedimento recomendado, em geral, para driblar algumas das dificuldades que levam à infertilidade. A técnica se aplica para as seguintes situações:

  • Homens com problemas de ejaculação;
  • Casais jovens, mas com casos de infertilidade não detectados em exames prévios;
  • Homens com alteração seminal leve em espermograma prévio, exame sempre realizado para avaliar a fertilidade do paciente;
  • Casos de mulheres e homens com infertilidade detectada, mas sem um diagnóstico claro e sem sucesso em tratamentos prévios mais conservadores.

Condições para realizar uma inseminação artificial

Para realizar a inseminação artificial, em primeiro lugar é necessário que a mulher apresente ao menos uma trompa (tuba) uterina normal. A fertilização acontece no seu interior, o que faz com que seja necessário que ela permita e seja o local do encontro do óvulo com o espermatozoide.

Quando estamos falando de mulheres que apresentem problemas tubários ou que tenham feito a laqueadura tubária e ainda assim desejem engravidar, o tratamento ideal é a fertilização in vitro, também conhecida como FIV. Ainda, em algumas situações específicas, é possível realizar uma cirurgia para reverter o processo de laqueadura ou mesmo para tentar resolver outros problemas tubários, como as aderências causadas por processos infecciosos ou inflamatórios gerais.

O homem, por sua vez, deve possuir pelo menos 5 milhões de espermatozoides móveis progressivos por mililitro do líquido seminal ejaculado, devidamente avaliados com antecedência pelo espermograma.

Pacientes do sexo masculino que tenham se submetido a uma vasectomia não podem passar pelo procedimento de inseminação artificial, devido à ausência de espermatozoides no líquido ejaculado. Nessas situações, a gravidez só pode ser feita através de uma cirurgia que reverta a vasectomia, ou com a opção por uma fertilização in vitro com coleta alternativa de espermatozoides diretamente do testiculo ou de seu epidídimo.

Como o procedimento é realizado?

O procedimento é realizado em quatro etapas. A primeira delas é a da estimulação ovariana, com duração média de 10 a 12 dias, apesar de que a inseminação pode também ser realizada durante o ciclo com a ovulação natural da mulher. A sua eficiência, todavia, aumenta quando são utilizados hormônios que provocam o desenvolvimento folicular múltiplo.

Além disso, também é feito um controle da estimulação para evitar que a produção dos óvulos seja excessiva e para combater também a possibilidade de gravidez múltipla. Durante a fase da estimulação ovariana, são realizadas de três a quatro ultrassonografias para que o médico possa avaliar se o crescimento e a evolução dos folículos vêm acontecendo com êxito.

A segunda etapa da inseminação artificial é a maturação final dos óvulos induzida pelo hCG. Ela ocorre quando o ultrassom comprova que os folículos avançaram para o tamanho mínimo desejado. Neste momento, o procedimento de inseminação é agendado para entre 24 e 36 horas depois da administração da injeção do hormônio hCG, o qual é responsável por induzir a maturação final do óvulo e a rotura do folículo ovariano — ovulação.

O terceiro estágio da inseminação artificial é chamado de preparação do sêmen e pode levar cerca de duas horas. Devido a isso, duas horas antes da inseminação o sêmen é coletado por masturbação, preferencialmente no laboratório do serviço de reprodução assistida. Nesse espaço de tempo, os espermatozoides são separados do líquido seminal e preparados em meio de cultura especial, pelo laboratório. Nesse processo são selecionados uma maior concentração de espermatozoides que apresentam maior motilidade e mais normais em sua forma, e portanto, um melhor potencial de fertilização é esperado.

Por fim, na última etapa, o líquido com os espermatozoides selecionados é introduzido diretamente no interior da cavidade uterina com a ajuda de um cateter, sem o uso de anestesia, já que o procedimento é indolor e rápido. Com a fase encerrada, inicia-se a espera para a confirmação da gestação. Recomenda-se a realização do exame de gravidez 14 dias depois da inseminação artificial.

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Diferença entre inseminação artificial e fertilização in vitro (FIV)

A diferença central entre inseminação artificial e FIV é que, no primeiro caso, os espermatozoides são diretamente introduzidos no útero da mulher, para que o sêmen encontre o óvulo e o fecunda lá, in vivo.

Já na FIV, a fertilização do óvulo ocorre in vitro por um único espermatozoide previamente escolhido e injetado dentro do óvulo – ICSI ou mesmo naturalmente, durante incubação em meio de cultura e incubadora especiais – fertilização in vitro convencional. Em ambos o óvulo é fecundado em laboratório ou in vitro. Na sequência, com o óvulo devidamente fecundado e desenvolvendo-se até o embrião, é então realizada sua transferência para a cavidade uterina. Por esse motivo, essa metodologia ficou conhecida como “bebê de proveta.”

A inseminação artificial é ideal quando a concentração de espermatozoides do homem é levemente alterada, a mobilidade dos gametas decresce ou quando o muco cervical bloqueia a passagem ou compromete a sobrevivência dos espermatozoides. A técnica facilita o encontro do espermatozoide com o óvulo, o que dificilmente aconteceria por vias naturais.

Já com relação à infertilidade feminina, uma recomendação frequente do uso de inseminação artificial é associada ao tratamento de distúrbios ovulatórios leves, os quais devem ser corrigidos durante a estimulação medicamentosa da ovulação. Contudo, uma indicação mais precisa é nas causas de bloqueio da passagem dos espermatozoides pelo canal cervical uterino ou mesmo quando a relação sexual é difícil ou impossível nos diferentes graus do vaginismo.

Por outro lado, a FIV resolve uma quantidade maior de empecilhos relacionados à esterilidade – principalmente os mais críticos. Aqui, podem engravidar pacientes com obstrução na tuba uterina, o que impede o encontro do espermatozoide com o óvulo.

Em um aspecto geral, a fertilização in vitro é essencial para casais homoafetivos masculinos ou idealmente indicada para casais que apresentem dificuldades de conceber uma gestação após falhas de tratamentos anteriores, como na endometriose, perda gestacional repetida, questões imunológicas ou genéticas, falência ovariana precoce, baixa produção ou ausência de espermatozoides ou homens que tenham se submetido à vasectomia.

Quais as possíveis complicações?

São considerados raros os quadros de complicações envolvendo a inseminação artificial. Os mais comuns envolvem infecção e sangramento leve, desencadeados por inserção do cateter durante a técnica.

Entretanto, é válido destacar que são problemas pouco comuns, facilmente solucionáveis e que raramente atrapalham o desenvolvimento de uma gravidez. Também podem surgir alguns riscos, como a consequência do uso da medicação hormonal. Uma das possibilidades é a gestação múltipla, que deve ser sempre evitada, já que apresenta um grau maior de risco.

Para entender mais sobre a inseminação artificial, envie agora mesmo uma mensagem para a Clínica Pluris e agende a sua avaliação.

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Fontes:

Sociedade Brasileira de Reprodução Humana

Associação Brasileira de Reprodução Assistida

Equipe Clínica Pluris

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