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Congelamento de Sêmen
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Procedimento visa armazenar espermatozoides coletados e preservar a fertilidade masculina

O que é congelamento de sêmen?

O congelamento de sêmen é considerado como uma alternativa para garantir a preservação da fertilidade masculina. Trata-se, portanto, de uma técnica segura, simples e eficiente para preservar a função dos espermatozoides, postergando a paternidade para quando o paciente a desejar.

Nesta página, pontuaremos todas as principais questões que envolvem essa metodologia, a qual tem se destacado nos tratamentos de reprodução humana. Seu principal objetivo é o de garantir uma boa preservação da fertilidade masculina.

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Como funciona o congelamento de sêmen?

O congelamento de sêmen é um procedimento considerado simples e muito difundido no universo da reprodução humana. Para tanto, ele é fracionado em quatro estágios, a conferir:

  • Coleta;
  • Processamento;
  • Congelamento;
  • Armazenamento.

Abaixo, vamos esclarecer, em detalhes, como funcionam as etapas anteriormente elencadas.

Coleta

O primeiro estágio do congelamento de sêmen acontece com a coleta do material seminal masculino, que deve ser entregue à clínica. Esse procedimento acontece quando o paciente coleta uma amostra do seu líquido seminal ejaculado.

A coleta desse material pode ser feita em casa, desde que respeitadas algumas orientações, como o tempo limite para a entrega do sêmen ao laboratório. Na maior parte dos casos, entretanto, a coleta é realizada na própria clínica.

A principal forma de coleta é feita através da masturbação, com o paciente devidamente acomodado em uma sala privativa, com condições que sejam favoráveis ao ato íntimo. Após a ejaculação, o homem deve colher todo o sêmen em um frasco estéril, entregando, portanto, o material aos cuidados da clínica.

A abstinência sexual poderá ser recomendada a depender de cada caso, de acordo com a orientação do médico responsável, normalmente 2-5 dias.

Processamento

Uma vez coletado o material – e entregue à clínica –, é chegada a hora da segunda etapa do congelamento de sêmen. Aqui, a substância ejaculada é centrifugada, processada e selecionada. Desta forma, é possível selecionar e armazenar os melhores espermatozoides disponíveis, para que sejam congelados. A finalização ocorre com a adição de substância crioprotetora com o objetivo de minimizar os eventuais efeitos deletérios das baixas temperaturas sobre as estruturas do espermatozóide.

Armazenamento

Dando sequência ao procedimento de congelamento de sêmen, o material é posicionado em um pequeno recipiente e devidamente resfriado em nitrogênio líquido, até atingir uma temperatura de -196ºC.

A boa taxa de sobrevivência dos espermatozoides depois do descongelamento é justificada pela alta velocidade utilizada para congelar o sêmen. Em seguida, os recipientes são etiquetados e os espermatozoides são mantidos em tanques com nitrogênio líquido durante um tempo indeterminado – a ser combinado com o paciente.

É válido destacar que estamos abordando um procedimento de reprodução humana, em que o paciente congela seu material genético para futura utilização. A data de descongelamento estará atrelada à razão pela qual o homem optou por recorrer a essa técnica de preservação do seu próprio sêmen.

Em que casos o congelamento de sêmen é indicada?

Conforme já anteriormente mencionado, o congelamento de sêmen é um procedimento cuja principal finalidade é garantir a manutenção da fertilidade masculina por prazo indeterminado.

Por esse viés, o sêmen, que é obtido através de masturbação ou por uma punção de epidídimo ou testicular, é congelado a uma temperatura de -196ºC para que possa ser futuramente utilizado em um processo de fertilização.

O congelamento de sêmen é um procedimento complementar às técnicas de reprodução assistida, comumente utilizadas para quadros de infertilidade ou de impossibilidade de geração de gravidez por concepção natural.

Sendo assim, esse procedimento é recomendado para homens que irão se submeter a um tratamento oncológico ou que padecem de qualquer outra condição que possa lhes provocar infertilidade futura ou dificuldades com a fisiologia da produção de espermatozoides (ex: harmonização para trans-femininos).

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Quais as possíveis complicações?

Em geral, as complicações nesse procedimento são inexistentes, uma vez que o sêmen criopreservado não traz qualquer risco à gravidez, ao parto ou à criança gerada.

Sob essa ótica, podemos afirmar que o congelamento de sêmen é uma metodologia bastante segura. Uma vez que os espermatozoides são descongelados, permanecem intactos (uma razoável perda de qualidade é admitida) para o processo de fertilização in vitro.

Em outras palavras, o esperado é que o bebê concebido através dessa técnica apresentará um desenvolvimento normal.

Como é o ccongelamento de sêmen para pessoas LGBTQIAPN+?

Dentro das múltiplas possibilidades do congelamento de sêmen, existe um nicho que merece ser destacado: o dos pacientes da comunidade LGBTQIAPN+.

As técnicas de reprodução humana vêm possibilitando aos casais homoafetivos ou a pessoas transexuais realizarem o sonho da maternidade ou da paternidade. Um ponto interessante a ser destacado é o das mulheres transexuais – ou seja, aquelas que nasceram biologicamente homens, mas se identificam com o gênero oposto.

É natural que as mulheres transexuais optem por tratamentos hormonais que permitam uma transição de gênero – aqui, o comprometimento das características de masculinidade no organismo pode fazer com que seja necessário um congelamento de sêmen para garantia de uma reprodução com genética própria no futuro.

É recomendado que as mulheres transsexuais recorram à hormonização feminina somente depois de preservar seu sêmen. Com o material germinativo próprio devidamente preservado, é possível que as pacientes tenham filhos utilizando seu material germinativo, mesmo após uma cirurgia de redesignação sexual. No caso em que já tenham realizado a hormonização, é possível interromper a medicação para depois de algum tempo conseguir retornar a produção de espermatozoide para a utilização ou para criopreservar.

No entanto, é válido destacar que para esse tipo de situação, será necessária uma cessão de útero para a geração do bebê – salvo em casos em que o casal é formado por uma mulher trans e uma mulher cis.

No caso dos casais homoafetivos masculinos, o congelamento de sêmen se assemelha ao de casais héteros: só é necessário congelar o material genético se os pacientes desejam, por algum motivo, postergar a gestação. Aqui, também é essencial a participação de uma barriga solidária para que a gravidez seja bem-sucedida.

Para entender mais sobre o congelamento de sêmen, entre em contato com a Clínica Pluris e agende a sua avaliação.

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Fontes:

Equipe Clínica Pluris

Sociedade Brasileira de Reprodução Humana: SBRH

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