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Qual a diferença entre FIV e ICSI?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
05/04/2023

Saiba as principais diferenças entre a FIV e a ICSI e como essas técnicas de reprodução assistida podem ajudar casais com problemas de fertilidade

A principal diferença entre a FIV e a ICSI está no processo de fertilização do óvulo. Na FIV, os espermatozoides são colocados junto ao óvulo, de forma que a fertilização acontece naturalmente, ao passo que na ICSI o espermatozoide é inserido diretamente no óvulo.

Ambas as técnicas são indicadas em casos de infertilidade ou dificuldade de concepção natural. No entanto, a ICSI é utilizada em casos em que há baixa quantidade ou qualidade dos espermatozoides, ou em casos em que a fertilização não ocorreu na FIV.

A escolha da técnica adequada deve ser feita em conjunto com o médico especialista em reprodução assistida, levando em consideração a avaliação dos casais, os fatores que possam estar afetando a fertilidade e as condições clínicas específicas. Além disso, é importante levar em consideração questões financeiras, pois uma das diferenças fundamentais entre FIV e ICSI é que a ICSI pode ser mais cara que a FIV.

Como funciona a FIV convencional?

A fertilização in vitro (FIV) convencional ou simplesmente FIV é uma técnica de reprodução assistida que consiste na remoção de óvulos da mulher e na fertilização com espermatozoides fora do corpo. A fertilização é realizada em um laboratório e, se bem-sucedida, o embrião é transferido para o útero da mulher.

A fertilização in vitro começa com uma estimulação hormonal para aumentar o número de óvulos produzidos pelos ovários. Os óvulos são então removidos através de um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, conhecido como punção folicular. Em seguida, eles são colocados em um meio de cultura juntamente com os espermatozoides para a fertilização ocorrer de maneira natural, a partir da entrada espontânea de um único espermatozoide para o interior do óvulo.

Se a fertilização acontece, o embrião é cultivado por alguns dias na incubadora especial do laboratório antes de ser transferido para o útero da mulher. Em alguns casos, mais de um embrião é transferido, aumentando as chances de uma gravidez bem-sucedida. A gestação é acompanhada por meio de testes regulares e, se tudo estiver bem, um bebê concebido por meio da técnica de reprodução assistida será gestado e virá a nascer.

Quando é indicada?

A FIV é indicada para casais que têm dificuldades para conceber espontaneamente um filho, seja por conta da baixa qualidade ou quantidade de espermatozoides, seja por conta da baixa qualidade ou quantidade de óvulos ou nos casos em que o encontro entre o espermatozoide e o óvulo é impossível devido às lesões ou obstrução das trompas uterinas.

Fatores como idade, quadros de saúde que impactam diretamente na produção de óvulos (como casos graves de endometriose ovariana) ou mesmo de infertilidade sem causa aparente influenciam diretamente na indicação desse procedimento, que é uma opção também para casais que desejam engravidar usando esperma ou óvulos doados.

Como funciona a ICSI?

A FIV com ICSI ou simplesmente ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides) é uma técnica de reprodução assistida que envolve a injeção de um único espermatozoide diretamente no interior de um óvulo, sendo um fator importante que demarca ainda mais a diferença entre FIV convencional e a FIV com ICSI.

Esse processo é realizado em um laboratório e requer a preparação e a seleção dos espermatozoides. A fertilização, como na FIV convencional, ocorre no laboratório, mas com o auxílio de equipamentos de micromanipulação que permitem a injeção do espermatozoide no óvulo, e o embrião formado após os dias de cultivo é colocado na cavidade uterina da mulher, onde se desenvolve até o parto.

Quando é indicada?

A ICSI é indicada quando há problemas de fertilidade masculina, como muito baixa contagem de espermatozoides ou ausência de espermatozoides no ejaculado — o que obriga a uma coleta direta no testículo —, ou quando os espermatozoides apresentam dificuldade em penetrar no óvulo. Além disso, é indicada em casos de infertilidade não identificada ou em casos de tentativas falhas de fertilização in vitro.

Como escolher a melhor técnica?

A escolha da técnica ideal deve ser feita em conjunto com o médico especialista em reprodução assistida, levando em consideração os fatores que podem estar afetando a fertilidade e as condições clínicas específicas dos clientes junto às diferenças entre FIV e ICSI. Algumas questões a serem consideradas incluem:

  • Idade da mulher;
  • Qualidade e quantidade de espermatozoides;
  • Histórico de fertilidade;
  • Condições médicas específicas, como endometriose ou outras doenças;
  • Preferências pessoais e financeiras.

Ao considerar todos esses fatores, o médico poderá recomendar a técnica que oferece as melhores chances de sucesso. É importante destacar que a decisão final sobre qual técnica utilizar é sempre do casal, e é importante que eles estejam bem informados e conscientes sobre as diferenças entre FIV e ICSI, bem como suas vantagens e desvantagens, antes de tomar uma decisão.

Com o conhecimento das várias diferenças entre FIV e ICSI, é possível afirmar que ambas são técnicas de reprodução humana assistida eficazes que auxiliam muitos casais a realizar o sonho de ter um bebê. A escolha da melhor técnica, entretanto, depende das condições específicas de cada casal e deve ser realizada em consulta com um médico especialista em reprodução assistida.

Para saber mais sobre as diferenças entre FIV e ICSI, entre em contato com a Clínica Pluris.

 

Fontes:
American Pregnancy Association

Clínica Pluris

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