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Método ROPA: o que é?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
18/06/2024

Conheça detalhes da técnica de reprodução humana cada vez mais procurada por casais homoafetivos femininos

Você já ouviu falar do Método ROPA? Essa metodologia é, resumidamente, uma técnica de reprodução assistida que vem ganhando destaque no mundo da fertilidade, por atribuir às duas mulheres que participam do tratamento um papel ativo. Neste conteúdo, você vai descobrir o que exatamente é o Método ROPA e como ele funciona. Boa leitura!

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O que é o método ROPA?

O Método ROPA (sigla que significa “Recepção de Óvulos da Parceira”) é uma técnica de reprodução assistida especialmente projetada para casais formados por duas mulheres que desejam ter filhos biologicamente relacionados.

Neste método, uma das parceiras fornece os óvulos, enquanto a outra parceira carrega a gestação. Isso permite que ambas tenham uma participação ativa no processo de concepção e gestação.

Na prática, o Método ROPA funciona da seguinte forma: uma das mulheres passa pelo processo de estimulação ovariana para produzir múltiplos óvulos, que são então coletados por meio de uma pequena intervenção cirúrgica chamada punção folicular. Os óvulos são fertilizados em laboratório com espermatozoide doado ou de um doador selecionado, e os embriões resultantes são transferidos para o útero da outra parceira.

Uma das principais vantagens do Método ROPA é que ambas as mulheres podem participar ativamente do processo de gestação e estabelecer um vínculo biológico com o filho. Além disso, permite que casais do mesmo sexo compartilhem a experiência de ter um filho biológico, promovendo o senso de igualdade e parceria dentro da família.

Como é feito o tratamento?

O Método ROPA é um tratamento semelhante à FIV, que se diferencia em alguns aspectos para possibilitar a participação de ambas as mulheres. O tratamento é realizado nos seguintes passos:

  • Avaliação médica: o casal passa por uma avaliação médica completa para determinar a viabilidade do tratamento. Isso inclui exames físicos, análise do histórico médico e testes de fertilidade;
  • A parceira que irá receber os embriões em seu útero tem seu ciclo menstrual pareado com o daquela que irá produzir e fornecer seus óvulos de maneira que tenha seu endométrio receptivo (tecido que reveste o interior da cavidade uterina) quando os embriões estiverem prontos para a transferência. Outra maneira, seria congelar os embriões produzidos e transferi-los em outro momento, respeitando o ciclo natural da parceira que irá gestar.
  • Estimulação ovariana: uma das parceiras inicia o tratamento de estimulação ovariana, no qual recebe medicamentos para estimular os ovários a produzir múltiplos óvulos em um ciclo menstrual;
  • Monitoramento dos folículos: durante o tratamento, são realizados exames de ultrassom para monitorar o desenvolvimento dos folículos ovarianos;
  • Punção folicular: quando os folículos atingem o tamanho adequado, é feita a punção folicular por meio de uma pequena agulha guiada por ultrassom;
  • Fertilização dos óvulos: os óvulos são fertilizados em laboratório com esperma doado de um doador selecionado e na maioria das vezes já congelado em banco de sêmen;
  • Cultivo dos embriões: os embriões resultantes são cultivados em laboratório por alguns dias até atingirem a fase ideal de desenvolvimento para a transferência ao útero;
  • Transferência embrionária: após o cultivo, um ou mais embriões são selecionados para a transferência ao útero da outra parceira, o que caracteriza o “método ROPA”. Este procedimento é geralmente realizado sem anestesia e envolve a inserção de um cateter fino através do colo do útero para depositar os embriões no local adequado;
  • Acompanhamento e testes de gravidez: após a transferência, a mulher que recebeu os embriões é acompanhada de perto para monitorar a possível gravidez. Após algumas semanas, são realizados testes para confirmar a gravidez e monitorar seu progresso, confirmando o sucesso do método ROPA.

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Quando o método ROPA é indicado?

O Método ROPA é recomendado para casais de mulheres que desejam ter filhos biologicamente relacionados. Geralmente, é uma opção considerada por casais do mesmo sexo que desejam compartilhar a experiência da gestação e estabelecer um vínculo biológico de ambas com o filho.

Outras situações em que o Método ROPA pode ser indicado incluem casos em que uma das mulheres tem uma reserva ovariana muito reduzida ou está em uma idade em que a qualidade dos óvulos pode estar comprometida, contudo mantem sua capacidade uterina para gestar com os embriões produzidos pela parceira ainda capaz de responder ao estímulo ovariano. A mesma indicação existe quando uma das parceiras perdeu a função uterina ou mesmo o útero, mas tem sua capacidade ovariana mantida.

A avaliação médica detalhada é fundamental para determinar se o método é a melhor opção para o casal, levando em consideração diversos fatores, como a saúde reprodutiva de ambas as parceiras e suas preferências pessoais.

Vantagens do método ROPA para casais LGBTQIAPN+

Uma das principais vantagens do Método ROPA para casais LGBTQIAPN+ é a possibilidade de ambos os parceiros participarem ativamente do processo de concepção e gestação, promovendo um senso de igualdade e parceria dentro da família. Além do mais, a técnica permite que ambas as mulheres tenham um vínculo biológico com o filho, o que pode fortalecer ainda mais os laços familiares e proporcionar uma experiência única de parentalidade compartilhada.

Para saber mais, entre em contato com a Clínica Pluris e agende uma consulta.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Reprodução Humana

Associação Brasileira de Reprodução Assistida

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