Casais homoafetivos femininos têm a possibilidade da geração de filhos biológicos a partir de técnicas de reprodução humana assistida
Os avanços da medicina têm permitido verdadeiras revoluções na formação dos novos modelos familiares. Com isso, hoje é cada vez mais possível que exista um filho biológico de duas mães ou de dois pais.
As técnicas de reprodução humana assistida permitem ao público LGBTQIAPN+ a concretização do sonho de formar uma família consanguínea. Um filho biológico de duas mães pode ser gerado a partir do auxílio de alguma ou de ambas as duas distintas técnicas de reprodução assistida: a inseminação artificial e a fertilização in vitro (FIV).
Como duas mulheres homoafetivas podem gerar um filho biológico?
Inseminação artificial
Primeiramente, convém frisar que esta metodologia permite a geração de um filho biológico de duas mães, mas não contempla a gestação para casais homoafetivos masculinos. A inseminação artificial consiste em uma metodologia em que os espermatozoides são depositados diretamente na cavidade do útero da mulher durante seu período fértil, aumentando assim as chances de iniciar uma gravidez.
Trata-se de um procedimento de baixa complexidade, com taxas de sucesso que orbitam entre 20% e 30%. O procedimento de inseminação artificial tem início quando começa o ciclo menstrual da paciente, envolvendo de início o processo de estimulação e monitorização do desenvolvimento dos folículos ovarianos. Para isso, no segundo ou terceiro dia, é feita a aplicação do hormônio folículo-estimulante (FSH), que é o responsável pelo desenvolvimento e maturação destes folículos ovarianos (estimulação).
A aplicação dos hormônios deve ser feita durante 9 a 10 dias. Neste período, são realizados exames de ultrassonografia para que os médicos consigam acompanhar o crescimento de folículos (monitorização). Quando eles apresentam um tamanho em torno de 18 mm, realiza-se a aplicação do segundo hormônio, responsável por amadurecer o óvulo e permitir a ovulação em até 36 horas depois desta aplicação.
Em termos gerais, o filho biológico de duas mães é gerado sendo herdeiro, geneticamente, apenas da mãe, responsável pela ovulação e sua gestação. O pai biológico, em casos de casais homoafetivos femininos, deve ser um doador desconhecido, cujo material genético é coletado em banco de sêmen.
Uma vez que o procedimento seja finalizado, a mulher pode retomar sua rotina e realizar um exame de gravidez após 12 ou 15 dias do procedimento de inseminação artificial.
Fertilização in vitro (FIV)
Esta técnica é considerada ainda mais democrática dentro do universo de reprodução humana assistida, uma vez que pode ser utilizada tanto para a geração de filho biológico de duas mães quanto de dois pais.
O procedimento conta com 6 etapas:
- Estimulação ovariana e indução da ovulação;
- Punção dos folículos ovarianos para coleta dos óvulos;
- Coleta e preparo dos espermatozóides;
- Fecundação ou fertilização dos óvulos;
- Cultivo embrionário;
- Transferência dos embriões.
A Fertilização in Vitro (FIV) consiste na união laboratorial dos materiais genéticos masculinos e femininos (Fecundação ou Fertilização in vitro), o que resulta na produção dos embriões que são cultivados. Uma vez concluído o cultivo dos embriões, eles são transferidos diretamente para o útero. No caso dos casais homoafetivos masculinos, é necessária uma barriga solidária (ou útero de substituição).
Quando o interesse é formar um filho biológico de duas mães, é preciso recorrer a um doador em um banco de sêmen. Pelo menos uma das mães será a doadora do óvulo, a partir do estímulo ovariano feito por meio da aplicação de hormônios, em metodologia semelhante à da inseminação artificial.
Aqui, a diferença se dá no fato de que os óvulos são coletados e levados para fecundação com os espermatozoides previamente selecionados de um doador anônimo. Uma vez finalizada a técnica, os embriões são cultivados em laboratório e transferidos para o útero de uma mulher ou até de ambas as mulheres — podendo ser a que cedeu o óvulo ou a sua companheira ou ambas. E, assim, a gravidez é levada até o fim.
Como funciona a legislação para a maternidade lésbica no Brasil?
Os direitos dos homossexuais têm sido expandidos no Brasil, tendo alcançado inclusive a medicina. A resolução de número 2.294/2021, publicada em 15 de junho de 2021 pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), assegura aos casais homoafetivos a possibilidade da geração de um filho biológico de duas mães, a partir da assistência das metodologias de reprodução assistida.
É cada vez mais comum que os cartórios de registro civil permitam a casais homoafetivos o registro, em certidão de nascimento, de um filho biológico de duas mães ou dois pais, por exemplo. A Clínica Pluris dispõe de uma estrutura de assistência jurídica para a resolução de eventuais entraves neste sentido.
Onde realizar tratamentos de reprodução assistida para casais LGBTQIAPN+?
É sabido que a maior parte das clínicas de reprodução humana assistida tem foco em casais cisgênero e heterossexuais que desejam engravidar, mas enfrentam problemas de infertilidade.
De olho na demanda da maternidade e paternidade LGBTQIAPN+, a Clínica Pluris atua no segmento com especialização focada em casais homoafetivos e transexuais, fazendo uso de metodologias como inseminação artificial e fertilização in vitro (FIV), para possibilitar a esta população a oportunidade da construção de uma família biológica.
Para entender mais sobre as possibilidades de geração de um filho biológico de duas mães, envie agora mesmo uma mensagem para a Clínica Pluris e agende uma avaliação.
Fontes: