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Estratégias para preservação da fertilidade feminina
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
08/12/2022

São três as principais técnicas que visam garantir a fertilidade em pacientes do sexo feminino. Entenda mais.

Um dos principais impeditivos para a concretização do sonho da maternidade é a infertilidade feminina, que pode ser fisiológica ou adquirida devido a alguns fatores externos. A boa notícia é que, no segundo caso, existem estratégias para preservação da fertilidade feminina suficientemente capazes de levar uma mulher a ter o filho mesmo depois da perda da qualidade de seus óvulos.

Conheça, no conteúdo desta página, quais são as principais estratégias para preservação da fertilidade feminina existentes e ofertadas pela Clínica Pluris para ajudar pessoas que, por diferentes razões, vejam na esterilidade adquirida um impedimento para a realização do sonho da maternidade.

Quais são as estratégias para preservação da fertilidade feminina?

As técnicas e estratégias para preservação da fertilidade feminina não se concentram apenas no congelamento dos óvulos, elas são mais amplas e podem ser divididas em três diferentes metodologias médicas, a saber:

  • Criopreservação de embriões;
  • Criopreservação de tecido ovariano, ovário inteiro e óvulos;
  • Estratégias cirúrgicas de preservação da fertilidade, como, por exemplo, transposição de ovários.

Seja para que homens transexuais consigam garantir uma gravidez com sua genética, depois de iniciada a transição de gênero por meio do tratamento hormonal, seja por qualquer outra razão que comprometa a saúde e a qualidade dos óvulos, fato é que os avanços da reprodução assistida têm trazido resultados gratificantes para a preservação da fertilidade feminina. Conheça mais sobre cada uma dessas estratégias abaixo.

Criopreservação de embriões

Considerada uma das mais antigas estratégias de preservação da fertilidade feminina no campo da reprodução assistida, a criopreservação de embriões pode ser conceituada também como uma técnica complementar ao tratamento de Fertilização in Vitro, a qual permite armazenar os embriões excedentes produzidos, congelando-os para que posteriormente seja feita uma transferência.

Na atualidade, essa metodologia permite trazer resultados semelhantes àqueles produzidos por embriões frescos e, em algumas ocasiões, até mesmo resultados melhores. Essa técnica pode ser uma solução para quando a gravidez não acontece logo na primeira transferência. É necessário lembrar que se impõe a presença de um parceiro com capacidade de produção de espermatozoides ou, no caso da produção solo, de espermatozoides de um banco.

Criopreservação de óvulos

Entre as estratégias de preservação da fertilidade feminina, é de fundamental importância destacar a criopreservação de óvulos. Em outras palavras, estamos falando do congelamento do material genético feminino. Para esse fim, também são incluídas as estratégias de congelamento de partes do tecido ovariano, ou mesmo de ovário inteiro, com a finalidade de um reimplante destes para uma futura gestação.

Apesar de utilizadas apenas em situações especiais, quando não se tem tempo para todo o processo de estimulação e coleta de oócitos, inúmeras gestações e nascimentos atestam a utilidade destas últimas estratégias de congelamento.

A criopreservação é indicada quando as mulheres:

  • Se submetem a tratamentos como quimioterapia ou radioterapia;
  • Passam por procedimentos cirúrgicos com risco de perda da função ovariana;
  • Apresentam diminuição da reserva ovariana;
  • Querem preservar socialmente a fertilidade (ou seja, adiar a gestação para uma idade mais madura);
  • Pretendem iniciar um tratamento hormonal de transição de gênero.

Para a vitrificação de óvulos, após o estímulo ovariano, é instituída uma sedação leve e, na sequência, com o auxílio de um equipamento de ultrassonografia transvaginal, são aspirados os folículos dos ovários dentro dos quais estão os óvulos. Para estarem preparados para a criopreservação, os gametas femininos recebem uma substância crioprotetora, que evita a formação dos cristais de gelo no interior do material genético e assim conserva as estruturas internas da célula.

Dessa forma, os óvulos são congelados em temperaturas abaixo de -100oC e são mantidos em nitrogênio líquido a -196oC, podendo ser descongelados quando a paciente bem entender. Vale destacar que existem situações em que a mulher consegue engravidar com óvulos congelados por mais de 10 anos. A durabilidade acontece em decorrência da estabilidade e inatividade biológica do material quando criopreservado.

Outro ponto a ser reforçado é que não existe uma idade limite para realizar o procedimento enquanto os óvulos apresentarem a quantidade e a qualidade necessárias para tal. No entanto, de fato, quanto mais jovem for a mulher, melhor será a qualidade dos gametas coletados, aumentando assim as chances de uma gravidez bem-sucedida.

Recomenda-se, portanto, que o procedimento seja feito até os 35 anos, uma vez que os óvulos tendem a um enfraquecimento e envelhecimento naturais depois desta faixa etária.

De todo modo, entre as estratégias de preservação da fertilidade feminina, a criopreservação dos óvulos apresenta taxa de sucesso por ciclo de 41,4% em mulheres de até 35 anos e de 31,7% naquelas que possuem de 35 a 37 anos. Já para pacientes entre 38 e 40 anos, a taxa cai para 22,3%, e para as pacientes entre 41 e 42, o percentual reduz para 12,6%.

Transposição dos ovários

Podemos conceituar a transposição dos ovários como um procedimento cirúrgico com a principal função de preservar a função hormonal e reprodutiva em mulheres ainda antes da menopausa. É uma técnica muito recomendada para mulheres que serão submetidas à radioterapia em cavidade pélvica.

Em outras palavras, são aquelas que vão enfrentar um tratamento capaz de comprometer por completo o tecido do ovário. Entre as estratégias de preservação da fertilidade feminina, a transposição dos ovários se destaca.

Trata-se da transferência dessas gônadas (ovários) para outro local na região do abdômen superior que não será danificada pela radioterapia. Assim sendo, é possível que a função do tecido germinativo seja preservada durante o tratamento oncológico, garantindo a preservação da fertilidade feminina.

Quando é indicado o tratamento de preservação da fertilidade feminina?

Além dos já citados tratamentos que são capazes de comprometer a qualidade dos óvulos e a fecundidade, um dos principais motivos pelos quais as pacientes buscam por estratégias de preservação da fertilidade feminina é a manutenção social da fertilidade.

Cada vez mais mulheres desejam adiar a gravidez para faixas etárias mais maduras, já que projetam priorizar outros aspectos de suas vidas, como realizações profissionais, antes de gerar o primeiro filho. Sabendo que o declínio da fertilidade feminina começa a acontecer após os 35 anos, preservar um material genético de boa qualidade é uma boa alternativa.

Para homens transexuais, que são um dos principais nichos da Clínica Pluris, as estratégias de preservação da fertilidade feminina são fundamentais. Uma vez iniciado o processo de hormonização, a qualidade dos gametas pode ser comprometida.

Entretanto, o homem trans pode utilizar seu próprio material genético preservado para gerar um filho com sua genética. Se for desejo do paciente e ele estiver com o útero em condições adequadas, a criança pode ser gerada pelo próprio homem trans.

Para entender mais sobre as estratégias de preservação da fertilidade feminina existentes, envie agora mesmo uma mensagem para a Clínica Pluris e agende uma avaliação.

 

Fontes:

Sociedade Brasileira de Reprodução Humana

Associação Brasileira de Reprodução Assistida

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